29 de novembro de 2008



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Fala-me do teu desencanto que te conto o meu. Das verdades, das mentiras... que te digo as minhas. Fala-me da tristeza que te enche o peito e esvazio-te um rosário de lágrimas. Fala-me das mágoas, das promessas, da vontade da partida! E só me falarás daquilo que sei, daquilo que sinto. Não sei fingir a dor, também a sinto. Se disser não a ter é porque minto.


Não sei fingir a dor, também a sinto. Se disser não a ter é porque minto. Fala-me das mágoas, das promessas, da vontade da partida! E só me falarás daquilo que sei, daquilo que sinto. Fala-me do teu desencanto que te conto o meu. Das verdades, das mentiras... que te digo as minhas. Fala-me da tristeza que te enche o peito e esvazio-te um rosário de lágrimas.


Fala-me da tristeza que te enche o peito e esvazio-te um rosário de lágrimas. Fala-me do teu desencanto que te conto o meu. Das verdades, das mentiras... que te digo as minhas. Não sei fingir a dor, também a sinto. Se disser não a ter é porque minto. Fala-me das mágoas, das promessas, da vontade da partida! E
só me falarás daquilo que sei, daquilo que sinto.


Fala-me das mágoas, das promessas, da vontade da partida! E só me falarás daquilo que sei, daquilo que sinto. Não sei fingir a dor, também a sinto. Se disser não a ter é porque minto. Fala-me da tristeza que te enche o peito e esvazio-te um rosário de lágrimas. Fala-me do teu desencanto que te conto o meu. Das verdades, das mentiras... que te digo as minhas.


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27 de novembro de 2008

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Não quero emudecer.

Preciso de falar com o vento na copa das árvores.

Aí, marco o meu encontro diário com o silêncio.

Aí, marco o meu encontro com os momentos de paz.

Aí, sinto o desiquilíbrio de não ser pássaro.

A inquietação e a tontura de estar no topo sem saber voar.

Não quero subir telhados.

Preciso de olhar para baixo e ver o chão.

Ver a terra húmida.

Ver folhas caídas.

Preciso sentir-me num emaranhado de braços que me afagam.

São os ramos que me dão a força para subir e cumprir diariamente o encontro marcado.

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25 de novembro de 2008


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A um corpo
eu peço os lábioS
apenas,
para me beijarem
os meus.
Para me fazerem sentir
viva.
Depois vou ao céu
da boca
desses lábios.
Vou
sentir-lhe o hálito.
Provar-lhe a saliva.
Vou
querer saborear
um
e outro beijo.
Ao terceiro
peço mais um,
e outro,
e não vou
parar
até
ter todo aquele corpo,
de quem dizia
só querer
um beijo.


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23 de novembro de 2008

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As águas da lagoa estão turvas.


Foi a tristeza das minhas lágrimas


que lhes retirou o reflexo.


Os teus olhos mentiram


e os meus acreditaram-te.


Morrem agora na praia


à espera de um outro azul.










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22 de novembro de 2008

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Levou-me o amor para as areias no deserto
Para as suas noites gélidas e mágicas
Onde não há silêncios nem imagens trágicas
E a longa distância se vai tornando perto.

E na tarde, enquanto o sol se esconde
Por detrás de dunas tão insinuantes
É fogo que se vê nesses instantes
Que outra fogueira ao sol-pôr não há aonde.

Deleita quem se atreve na magia
E aprende o caminho das areias
As palavras calam-se no correr das veias
Perante tamanha explosão que prometia.

Não há um mar que possa sufocar
A visão de tão belo desmaio
Assim, por ele de joelhos caio
Com aquelas cores de fogo no olhar.


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21 de novembro de 2008


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Agora que me entendo, desentendi-te.
Se te entendo,
não o faço comigo.
Que desentendimento este,
em que me entendo e desentendo!
Gostava de entender
o que não entendo em ti
ou desentender o que por vezes entendo em mim,
apenas para entender
a forma desentendida que usas para te fazeres entender.
Agora que te entendo, desentendi-me...







19 de novembro de 2008

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Sei que o desejo me consome. Que nada que diga fará diferença alguma. O meu caminho é agora solitário. A quem darei o amor que nasce no meu peito? Vejo-o crescer dia após dia. E que importam as palavras que possa dizer-te se o amor é sempre maior que qualquer uma delas. Maior que todas juntas. Porque o sinto. Sinto-o sempre mais, sem que seja demais. O amor nunca é demais! Nada que diga fará diferença alguma! Mas gostava de dizer-te que te amo, para além de tudo o que possa dizer-te.
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17 de novembro de 2008

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Não me castigues os sonhos. É quando sinto os meus lábios sorrir. Não me castigues os desejos. É quando saboreio a doçura do teu olhar. Não me castigues os pensamentos. É quando consigo sentir-me feliz. Não me castigues por te acreditar. Só aí a culpa é realmente minha pois não te soube escutar. Não me castigues...

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15 de novembro de 2008

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O vento trouxe-me uma cantiga de amigo
que se vestiu de cantiga de amor.
Ou talvez... não sei,
fosse apenas uma cantiga de amigo
que tu, amor, despiste numa cantiga qualquer!














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13 de novembro de 2008

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Já parti,
voltei,
para uns dias mais tarde
desejar partir de novo.
Já fechei portas
que as minhas mãos abriram.
Desejei nunca
as ter fechado
para não ter que as abrir de novo.
Perdi-me,
encontrei-me
e de novo me perdi
no cheiro das flores,
no aroma do mar,
nos acordes do primeiro violino da orquestra,
no canto das cigarras.
Acabei num silêncio pesado...
num daqueles silêncios
que preferimos acordar
e que dorme, dorme, dorme...
Não sei responder-te...
tenho as minhas confusões a confundirem-me!
Na busca de mim
posso encontrar-te,
dar-te um beijo...
Pode ser
que o meu abraço beijado
te ajude
a querer permanecer...
ficar...
estar...
a ser!


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11 de novembro de 2008

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Abri uma porta há anos fechada. Rangeu. Libertou décadas de poeira, visível no espaço iluminado das frestas. Uma chuva desagradável, suavizada pela lentidão da queda. A leveza do pó na inexistência de ventos ou correntes de ar. Espero! Observo a descida. Anos acumulados, em queda livre. Fecho a porta atrás de mim. Manifesta uma vez mais a sua imobilidade de anos. Range. Esconde-se a luz. Descubro-me num espaço deslocado do meu tempo... esqueci-o. Quis esquecê-lo! Mas os meus passos (re)conhecem o caminho de cor. Ando... como que de olhos vendados. Apenas o receio de poisar em falso acautela o passo. Ruídos de um tempo passado que permanecem. Ruídos no tempo presente que não adivinham futuro. O chão range! Os passos fazem-no chorar as ausências. Geme! Um soalho que sente saudades. Sente-se dorido... roído pelo passar do tempo. Quanto queria não ter aberto novamente aquela porta! Não ouvir ruídos, não ver as lembranças tão roídas, não sentir o meu corpo doer por não haver futuro, não haver presente... e o passado tão longínquo estar tão fresco... apenas e depois da porta se fechar atrás de mim. O meu coração geme a cada passo em frente. E aquela casa chora em todos os cantos. Chora em todas as janelas fechadas. Em todos os focos de humidade. Todos os buracos. Aquela casa grita! Chama-nos a todos. Sabe de cor todos os nome, e chama-nos... um a um. Consigo ouvi-la dizer o meu! Suplica-nos que não a deixemos entregue aos ruídos do tempo. Suplica-nos que não a deixemos ser roída por ele. Sinto que vai perdir-me que a mate para não continuar a morrer aos poucos. Quanto queria não ter aberto novamente aquela porta!
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9 de novembro de 2008

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Atrai-me o silêncio de nada querer dizer. Momentos atirados ao vento sem que o som seja levado ao colo. Sim! O vento é um colo... para gritos de dor, de amor, de regozigo... de vitória, desânimo! O vento é um aplauso ao voo primaveril dos pássaros... um aplauso ao voo outonal das folhas. O vento é um abraço às palavras contidas... ouve-se na sua vez. O vento é o trajecto das palavras ditas... entrega-as,... as ditas palavras!

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aoventoatiroasditaspalavrasditas
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8 de novembro de 2008


(pf leia alternadamente devagar, rápido, baixo, alto, grave, agudo, a sorrir, sério, a rir, a sussurrar, páre, recomece, prolonge as sílabas... entoe de diferente formas... não goze comigo! é muito? leia metade!)

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Amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te aaamoooo-teeeeee eu amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te eu amo-te AMO-TE amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te, amor! amo-te amo-teeeeeeeeeee amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te muito! amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amoamoamoamo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te AMO-TE amo-te amo-te eu amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te aamoo-tee amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te aaaaaaaaamo-te amo-te amo-teeee amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te te amo-te amo-tetetetete amo-te amo-te, meu amor! meu amor, amo-te! amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te, tanto! amo-te amo-te amo-te amo-te, a ti! amo-te, só a ti! amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te AMO-TE amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te eu amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te, tu mesmo! amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amomo-tete amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te amo-te eu amOOOO-te. Ouviste? Isto tudo porque me apeteceu rir às gargalhadas! E me apeteceu ver-te sorrir.

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6 de novembro de 2008


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Oiço-te sem te ver ou perceber o tom da tua voz. Apenas sei que és tu! Leio as tuas palavras sem saber como nascem dos teus dedos. Sem saber se o teu coração lhes emprestou realmente amor... dor... algum prazer. Pressinto a cor dos versos, a intensidade de ti. Sempre sem te ouvir a voz. Sempre sem te ver o olhar. Acabo por me envolver nas frases, que desenham o meu rosto. As que falam por mim... sem a minha voz... com o meu olhar!

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4 de novembro de 2008

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Não deixes sepultar o amor. Não podes sepultar o amor. Porque o amor, se é amor, renasce todos os dias. Quando acordas. Quando respiras. Quando choras. Quando ris. De nada serve esconder o amor debaixo de uma qualquer pedra. O amor tem asas e não se deixa prender. O amor é livre, só assim é amor. A minha inquietação é outra. A minha inquietação é ter tanta coisa ainda para fazer e já não ter tempo suficiente. A minha inquietação é querer que tu me entendas e eu não conseguir explicar melhor. A minha inquietação não tem limite, nem eu me limito.


de Maria

ofereço a foto como agradecimento



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2 de novembro de 2008

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Quero caminhar contigo, lado a lado. Construiremos juntos esta nossa estrada... de mão dada. Amo-te um segundo mais a cada um que passa. Amo-te um passo adiante por cada um que percorremos. Amo-te uma lágrima caída por cada uma que juntos vertemos. Amo-te outro por do sol tombado no mar por cada um que nos maravilha o olhar. Amo-te um novo sorriso por cada um que esboço. Amo-te... Amo-te tanto mais!
Sei do meu amor... em cada piscar de olhos... em cada inspirar... em cada sonho... em cada verso...
Sei de ti... sei de mim! E sei que te amo tanto mais...

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