Olhei todo aquele tapete e pensei em nós. Folhas e mais folhas a chamarem-nos para o seu aconchego. Era o nosso parque. Era o nosso cantinho. Seríamos nós. Só as folhas haviam mudados. Baixinho... apeteceu-me chamar o teu nome e esperar que me ouvisses. As letras ecoariam pela brisa até te encontrar no teu silêncio. Ou viajariam, uma a uma, por ordem, nas primeiras folhas de outono. Pediria às folhas de plátano para levarem o teu nome na minha voz. São elas quem melhor me conhece. E sempre gostei de plátanos. Se não te encontrassem perto do mar adivinho-te a nele pensares.
A tarde passou. A noite chegou. Deixei o parque sem te chamar. E agora que as folhas se deitaram, não tenho por quem o chamado enviar.
.