7 de outubro de 2009


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Segura-me com força, como se de mim não quisesses separar-te. Tentarei resistir. Repara no sorriso que trago escondido! Intenso como a vontade que tenho do que finges oferecer-me. Para me manter em rédea curta... como se eu entregasse de mim o que não tenho! Que ridículos os homens e que parvas se fazem as mulheres. Apetece-me rir... dispara uma bala mais para acender outro rastilho. O nosso revólver não chegou a ser descarregado. E a pontaria é sempre certeira... Aponta ao meu pé que em ti se enrosca. Atira-me uma rosa depois do tiro! Vou deliciar-me com o seu inexistente aroma. Hei-de-a desfolhar... pétala a pétala... nelas tentar decifrar os teus óbvios enigmas. Tão óbvios! Como podes julgar-me assim? Não sei se tombe numa qualquer vontade de rir ou se desiluda da leitura que fizeste. Que ridículos os homens e que parvas se fazem as mulheres. Segura-me com força, como se de mim não quisesses separar-te. Vou fazer de conta que acredito! Vou deslizar o meu corpo sobre o teu, até atingir o quase do auge. E vou deixar-te nesse quase... sem o denunciar! Deslizarei o meu corpo silenciosamente em sentido inverso... para que acredites que também em mim tudo é tão perverso!
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