22 de março de 2009



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Humedeci o corpo quando me entreguei no mergulho dos teus braços.
No leito do teu rio de água doce entrei e saí vezes sem conta.
Descansei nas areias brancas que te cercam e te servem de margem.
Nelas me enrolei enquanto relembrei o meu rodopio nas tuas correntes.
Sequei a pele nos grãos de areia que agora me contornam.
Numa pausa de ti sorrio, aguardo que voltes... e, apenas com um dedo, percorras uma qualquer linha curva do meu corpo.
Um dedo que à chegada procura nos meus lábios a saliva.
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10 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Virtualmente, ouro sobre azul...
Um beijo
Daniel

•.¸¸.ஐJenny Shecter disse...

Belíssima prosa poética a que escreves!
Beijos e borboleteios

adouro-te disse...

Tão sensual abertura!
Beijo.

PS: Obrigado por me teres aberto a porta do teu blog.

mfc disse...

Mais um lindo poema para ser sorvido com todos os sentidos!

Carla disse...

Um dedo que deixa promessas em toque de arrepios...neste rio de prazer em que te banhas
beijos

Carla disse...

Desculpa esqueci-me de fazer uma referência à foto...um autêntico quadro digno de Klimt...adorei. Sensualidade e beleza numa imagem que nos entra pelos olhos e nos faz suspirar
beijos

Rafeiro Perfumado disse...

Só um dedo? Uma espera dessas merecia pelo menos uma mão inteira...

Beijo.

Ricardo Silva Reis disse...

Olá em Azul
Partilho a opinião da Carla. Uma belissima fotografia (corpo em areia) ao serviço dum texto sensual e com qualidades cinéticas (dá para ver o percurso desse dedo...).
Gostei muito desta deliciosa combinação
Beijinhos
Ricardo

clic disse...

Palavras envoltas em água... azul!... :)

Vento Nocturno disse...

nos teus lábios humedecidos pelo desejo, existe o som que escondes no arrepio da tua pele... Beijo

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