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Humedeci o corpo quando me entreguei no mergulho dos teus braços.
No leito do teu rio de água doce entrei e saí vezes sem conta.
Descansei nas areias brancas que te cercam e te servem de margem.
Nelas me enrolei enquanto relembrei o meu rodopio nas tuas correntes.
Sequei a pele nos grãos de areia que agora me contornam.
Numa pausa de ti sorrio, aguardo que voltes... e, apenas com um dedo, percorras uma qualquer linha curva do meu corpo.
Um dedo que à chegada procura nos meus lábios a saliva.
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10 comentários:
Virtualmente, ouro sobre azul...
Um beijo
Daniel
Belíssima prosa poética a que escreves!
Beijos e borboleteios
Tão sensual abertura!
Beijo.
PS: Obrigado por me teres aberto a porta do teu blog.
Mais um lindo poema para ser sorvido com todos os sentidos!
Um dedo que deixa promessas em toque de arrepios...neste rio de prazer em que te banhas
beijos
Desculpa esqueci-me de fazer uma referência à foto...um autêntico quadro digno de Klimt...adorei. Sensualidade e beleza numa imagem que nos entra pelos olhos e nos faz suspirar
beijos
Só um dedo? Uma espera dessas merecia pelo menos uma mão inteira...
Beijo.
Olá em Azul
Partilho a opinião da Carla. Uma belissima fotografia (corpo em areia) ao serviço dum texto sensual e com qualidades cinéticas (dá para ver o percurso desse dedo...).
Gostei muito desta deliciosa combinação
Beijinhos
Ricardo
Palavras envoltas em água... azul!... :)
nos teus lábios humedecidos pelo desejo, existe o som que escondes no arrepio da tua pele... Beijo
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