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Da minha janela não avisto o Tejo, não
avisto um rio. A minha janela dá para o
fundo de um quintal. É nele que sossego
ambos os olhos se está frio. E nele te
imagino pássaro a acenar-me do beiral.
Da minha janela não avisto nenhum mar. A
minha janela prende-me do mundo. Foi
fechada a sete chaves no Outono. Para que
ninguém possa lá entrar.
Da minha janela vejo a lua. Com ela falo
noite e dia. Se não vem em meu auxílio é
um tormento. Tremo de frio e recordo o dia
em que fui tua.
Da minha janela sou uma prisioneira. Que
fugir só pode com o olhar. E como ela se
vira para o jardim. Vejo por mim as flores a
chorar.
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9 comentários:
Eu quero conhecer essa tua janela
Abri-la, escancará-la de par em par
Para que tu, ao abeirares-te dela
Possas sorrir, talvez até cantar
Porque de janelas fechadas não gosto
e porque o sol e a lua devem entrar
deixarei que saboreies este mosto
que aqui a pouco começa a fermentar
e na janela donde não vês o rio
deixarei o cheiro e o sabor a mar
sei que amanhã pode fazer frio
mas tens o meu braço pra te agasalhar
Um beijo. Em azul, do mar, do amor, e meu...
E felizmente tens uma linda janela que te permite olhar e ver-te por dentro.
A tua janela me abre um infinito de possibilidades... E eu gosto vê-las... Todas azuis!
beijos e borboleteios
Da janela do teu olhar vê-se uma paisagem linda :)
beijinhos azulinha
E quando chegar a Primavera um raiozinho de sol abrirá a tua janela, haverá um pássaro a cantar e as flores não precisarão mais de chorar.
beijinhos com raios de sol
Que lindo poema!
Com essa sensibilidade de certeza que vês o Tejo e o Mar para além da janela...e levas contigo as flores.
Beijinho.
Branca.
Como gostei de ler este texto tão sentido e bonito!
Sem mais comentários, porque para além das tuas palavras não tenho outras para definir amor tão forte.
São sentimentos que só se vivem em silêncio, por isso saio em silêncio, meditando nas tuas palavras...na partilha da tua alma com a nossa.
Beijinhos.
Branca
A todos os que aqui passarm o meu muito obrigada.
Abraços
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